O que entendemos como caridade?
Normalmente, caridade é vista como uma forma de auxiliar os
nossos semelhantes.
É importante o exercício da caridade com os nossos irmãos
necessitados, porem, a caridade é mais abrangente e pode ser exercida de
inúmeras maneiras.
A humanidade ainda se deixa conduzir por conceitos
estabelecidos, e assim, não percebe toda a extensão desse gesto.
É comum a preocupação das pessoas interessadas em ajudar o próximo,
porem, não conseguem aplicar a caridade em benefício próprio.
Então, eu pergunto:
Será que não estamos necessitados de um olhar mais
aprofundado para as nossas carências físicas, emocionais e espirituais?
Se prestarmos atenção, constataremos que aqueles que muito
se envolvem com as necessidades alheias, na verdade, escondem as suas próprias
carências.
Por outro lado, existem aqueles que buscam com esse gesto
atrair a atenção das pessoas para si. É uma forma de se realizarem como seres
providos de amor ao próximo.
A caridade autêntica deve ser exercida primeiramente
conosco, para então ser levada àqueles que estão passando por dificuldades.
A caridade deve ser praticada primeiramente conosco, a fim
de atingirmos o equilíbrio necessário para melhor auxiliar outros seres.
O que realmente vem a ser caridade conosco?
Como cuidamos do nosso corpo físico? Que tipo de alimentos
damos a ele, e quais as exigências que impomos?
Como tratamos as nossas dificuldades emocionais? Temos algum
controle sobre elas?
Como reagimos durante o enfrentamento dos desafios que se
manifestam em nossas vidas?
Como nos relacionamos com a família, com a profissão e com
as pessoas em geral?
Será que conseguimos administrar tudo isso com sabedoria?
Como podem ver, são muitas as razões que nos levam a exercer
a caridade conosco. Essa é uma forma de nos amar e mantermos os nossos corpos
emocional, mental, físico e espiritual saudáveis e equilibrados.
Com base nisso tudo, como ajudar alguém se podemos estar tão
carentes quanto aquele que desejamos auxiliar? Que tipo de energia será levada
a essa pessoa?
Por esse motivo, não devemos nos prender aos velhos padrões
determinados por conceitos que já deveriam estar superados.
A caridade nem sempre deve ser focada nas necessidades
materiais. Existem muitas situações em que o simples fato de ouvir ou conversar
alivia as tristezas, mágoas e angústias que alguém está vivenciando.
Se desejarmos, façamos caridade, porem, é preciso sentir se
essa caridade não representa uma troca, ou seja, caridade recebendo caridade.
Assim é a vida, nem tudo é da forma que se apresenta, nem
sempre aquele que recebe caridade é tão carente quanto aquele que acredita
estar ajudando.
Reflitam sobre isso antes de praticar a caridade,
especialmente no que tange a caridade material.
Sintam no coração qual a melhor maneira de ajudar.
Paz e luz!
Sananda
ME em 15.09.2014
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