quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CARIDADE

O que entendemos como caridade?

Normalmente, caridade é vista como uma forma de auxiliar os nossos semelhantes.

É importante o exercício da caridade com os nossos irmãos, porem, a caridade pode ser exercida de inúmeras maneiras.

A humanidade ainda deixa-se conduzir por conceitos estabelecidos, e assim, não percebe toda a abrangência desse gesto.


É comum a preocupação das pessoas voltada para ajudar o próximo, porem não conseguem aplicar a caridade consigo mesmo.

Então, eu pergunto:

Será que não estamos necessitados de um olhar mais aprofundado para as nossas carências físicas, emocionais e espirituais?

Se prestarmos atenção, constataremos que aqueles que muito se envolvem com as necessidades alheias, na verdade, escondem as suas próprias carências.

Por outro lado, existem aqueles que buscam com esse gesto atrair a atenção das pessoas para si. É uma forma de se realizarem como seres providos de amor ao próximo.

A caridade autêntica deve ser exercida primeiramente conosco, para então ser levada àqueles que estão passando por dificuldades.

A caridade deve ser praticada em benefício próprio, a fim de atingirmos o equilíbrio necessário para melhor auxiliar outros seres.

O que realmente vem a ser caridade conosco?

Como cuidamos do nosso corpo físico? Que tipo de alimentos damos a ele, e quais as exigências que impomos?

Como tratamos as nossas dificuldades emocionais? Temos algum controle sobre elas?

Como reagimos durante o enfrentamento dos desafios que se manifestam em nossas vidas?

Como nos relacionamos com a família, com a profissão e com as pessoas em geral?

Será que conseguimos administrar tudo isso com sabedoria?

Como podem ver, são muitas as razões que nos levam a exercer a caridade conosco. Essa é uma forma de nos amar e mantermos os nossos corpos emocional, mental, físico e espiritual saudáveis e equilibrados.

Com base nisso tudo, como ajudar alguém se podemos estar tão carentes quanto aquele que desejamos auxiliar? Que tipo de energia será levada a essa pessoa?

Por esse motivo, não devemos nos prender aos velhos padrões determinados por conceitos que já deveriam estar superados.

A caridade nem sempre deve ser focada nas necessidades materiais. Existem muitas situações em que o simples fato de ouvir ou conversar alivia as tristezas, mágoas e angústias que alguém está vivenciando.

Sempre que desejarmos, façamos caridade, porem é preciso sentir se essa caridade não representa uma troca, ou seja, caridade recebendo caridade.

Assim é a vida, nem tudo é da forma que se apresenta, nem sempre aquele que recebe caridade é tão carente quanto aquele que acredita estar ajudando.
Reflitam sobre isso antes de praticar a caridade, especialmente no que tange a caridade material.

Sintam no coração qual a melhor maneira de ajudar.

Paz e luz!


Sananda

TE em 15.09.2014

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