sábado, 20 de setembro de 2014

TÚNEL DO TEMPO III

A pureza e inocência que vemos nas crianças é a mesma que habitava o mundo interior dos seres primitivos. 

Em suas limitações evolutivas não tinham ainda condições para entender o bem e o mal, o certo e o errado, apenas o que os incomodava fisicamente.

Tudo que faziam era regido pelo instinto, o racional não tinha predominância em suas atitudes. Por isso, expressavam pureza e inocência em tudo que faziam.


Desconheciam a culpa e o julgamento, cada um utilizava as ferramentas que dispunha para suprir as suas necessidades de sobrevivência.

O homem primitivo não entendia a vida de outra forma. Aceitava tudo tranquilamente, sem revolta. A preocupação maior girava em torno do alimento e de um abrigo para se proteger das intempéries e dos animais selvagens.

O nível de inocência e pureza de sentimentos, embora rudes, impediam que o ego sobrepujasse esses sentimentos.

E assim, o homem primitivo foi se desenvolvendo, adquirindo através das próprias experiências, conhecimentos que o estimulava a buscar melhor qualidade de vida.

O homem foi se transformando, adquirindo novos hábitos e posturas que antes seriam difíceis de imaginar. Com essa transformação, o homem desenvolveu o ego inferior, e foi através desse sentimento que teve início a disputa de poder para exercer o domínio sobre os demais.

O homem deixou para trás aquela pureza e inocência que caracterizava a sua imagem no princípio dos tempos. O semblante mudou, as suas buscas já não se limitavam apenas ao suprimento das necessidades físicas. Esse homem evoluiu em todos os sentidos, especialmente no que tange a decadência moral.

A partir daí a Terra foi se transformando, recebendo pinceladas de amor e de agressividade de todos os quadrantes do universo.

Esse homem puro e inocente hoje é visto apenas nas crianças de tenra idade, até os sete anos, porque a partir dessa idade, muitas já manifestam desvios de caráter que trouxeram do pretérito.

É por essa razão que a humanidade atingiu todos os limites de abuso do poder, violência e intransigência com tudo, especialmente a insatisfação com ela própria. Os seus desequilíbrios são as respostas aos desatinos que ainda permanecem mal resolvidos internamente.

Essa inocência e pureza de sentimentos, tão raros em nossos dias, transformaram-se num belo conto de fadas. Entretanto, esses sentimentos são inerentes a todos os seres humanos. A vida, do seu jeito, os ensinará como reconquistar esse nível de pureza. É a consciência se manifestando e transformando.

Este é o ponto final de uma estrada que iniciou sem interferências de poder, passou pelo domínio do homem e retornará com a mesma energia que foi criada no princípio de tudo.

Paz e luz!


Metatron

TE em 18.09.2014

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